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  Fachada, a cara do nosso edifício  
     
 

Fachada é qualquer um dos lados do edifício, mais notadamente o da frente, já que é a região mais exposta e que mais chama atenção. Desde o século passado, ela tem chamado a atenção das pessoas a ponto de se tornar um dos grandes marcos da arquitetura. A aparência é um dos fatores que impactam de forma muito incisiva e direta na impressão que as pessoas têm sobre um local, apesar de assumir uma forma extremamente velada, já que muitas pessoas enganam-se dizendo que “não se deixam levar pela aparência”. Estes preconceitos são muito prejudiciais e podem fazer com que um locatário, ou possível comprador, desista de visitar um edifício só de vê-lo à distância. Além disso, a fachada integra o edifício com o ambiente e reveste todo o esqueleto. Se beleza realmente não fosse válida, seria apenas necessária uma proteção simples dos elementos estruturais do edifício. Por isso, não adianta cuidar com esmero das partes internas, esquecendo da fachada, que podemos considerar um dos grandes cartões de visita.

O acabamento externo possui outras atribuições importantes, como a facilidade de limpeza e a capacidade do material ser limpo dos diversos tipos de sujeira que o afetam, o que inclui as pichações. Sem contar o isolamento acústico e participação importante na iluminação. Materiais translúcidos podem diminuir o consumo de energia.

Cuidado com quem faz sua reforma
Ao contrário do que normalmente se pensa, a escolha dos executores de qualquer obra é um dos pontos mais importantes. Obras mal executadas invariavelmente geram insatisfações duradouras e caras. Isso sem contar que pessoas não treinadas corretamente ou projetos mal feitos podem afetar áreas estruturais importantes, ainda mais se envolverem quebra de paredes. O ideal é procurar a assistência de uma empresa séria e idônea, que possua engenheiro e arquiteto responsáveis.

Os revestimentos tradicionais
Algumas formas de revestimentos são extremamente tradicionais, portanto, bem conhecidas e facilmente aplicáveis em qualquer local.

Pintura
Este revestimento de fachada está presente em cerca de 90% dos edifícios brasileiros, basicamente consiste na utilização de uma tinta adequada para o material da construção. Ela possui um excelente custo benefício. Pode não ser chique, mas é uma solução prática e mais em conta.

Pastilhas
Extremamente versáteis e de fácil instalação, as pastilhas são, sem sombra de dúvidas, campeãs de venda e de longevidade. Este material existe aqui no Brasil desde meados dos anos 50. O maior problema é garantir que sua aplicação seja feita corretamente, evitando problemas com bolhas e má colocação. Isso porque, com a movimentação natural do edifício, ou pelas variações de temperatura, as pastilhas podem ficar tortas ou mal posicionadas. Revestimentos cerâmicos A facilidade de limpeza é um dos grandes chamarizes deste tipo de material. Seu uso em locais específicos pode ser extremamente útil, mas o mais adequado é um estudo aprofundado do ambiente, para realizar uma combinação eficiente e de bom custo benefício.

Chapas de metal
Muitas obras utilizam chapas de metal montadas e dobradas de diversas maneiras, para compor formas. Este material é de alta durabilidade, fácil limpeza, ecologicamente correto e muito enriquecedor quando combinado a outros elementos, como granitos, vidro ou outros materiais. Tem como problema principal o custo para implementação, o que muitas vezes é compensado pelo baixo custo de manutenção e alta durabilidade.

Vidro
É um revestimento mais chique e com uma manutenção bem mais difícil, já que demanda muito cuidado com a limpeza, e sua transparência diminuída reflete-se como sinal de desleixo. Normalmente são oferecidas no mercado as opções de pastilhas, tijolos ou chapas, em diversos tipos, como o refletivo, temperado, aramado. Cada um possui um papel no projeto arquitetônico. Uma das grandes desvantagens é a alta necessidade de manutenção, o preço alto para instalação e reposição de peças danificadas.

Textura sobre reboco
Os revestimentos texturizados estavam muito em moda, e podemos nas ruas encontrar diversos exemplos de projetos mal sucedidos. Porém, com uma adequada supervisão e escolha, o potencial deste tipo de material é muito bom, especialmente contrastando com paredes lisas. O valor de aplicação não é extremamente elevado, mas deve-se ter em mente que é um elemento muito mal explorado. Portanto, é preciso critério e certeza para não errar. Existem ainda as fachadas pré-fabricadas, que possuem diversas especificações e formatos, muitas vezes modulares, para se encaixarem onde forem necessárias, de acordo com o ambiente.

Segunda pele Uma das maiores novidades da arquitetura é a utilização de uma segunda camada de proteção de metal, concreto ou qualquer outro material, envolvendo a parte estrutural do edifício, funcionando como uma segunda proteção, uma forma de diminuir a temperatura dentro das unidades. Dessa maneira, a luz solar bate na camada externa, o calor se dissipa entre as duas colunas, diminuindo assim o gasto com ar-condicionado, por exemplo. Elas também são utilizadas de forma a moldarem o edifício ao ambiente, com formas e cores que não são possíveis em uma construção tradicional. E como, normalmente, são montadas de forma modular, no caso de reformas, os trabalhos são mais rápidos, apesar de mais caros, já que são utilizados materiais nobres. Este tipo de tecnologia é relativamente nova, tem se mostrado uma grande inovação na arquitetura. Os impedimentos ficam por conta do custo de implementação, além da impossibilidade de instalação na grande parte dos edifícios do mundo. Mesmo assim, segundo a arquiteta e urbanista Valéria Yonegura, esta técnica é uma excelente opção para renovar ambientes. “Nos casos de reforma, uma pele externa, a superfície toda irregular ou fora de prumo pode ser corrigida neste momento. Dá uma cara nova para algo velho, muda um pouco a função, adéqua aos nossos tempos”, explica.

Produtos antipichação
Um dos maiores e mais incontroláveis inimigos das fachadas são as pichações. Crianças, adolescentes e adultos formam grupos amplos, conhecidos como famílias, e deixam suas marcas por onde passam, utilizando sprays e canetões especiais, como forma de registro de sua passagem, demarcação de território, ou simples prazer em depredar o patrimônio alheio. E neste quesito, uma fachada intacta parece tentadora para um desses marginais. Um administrador atento age com rapidez e acaba com essa festa. Alguns produtos são incorporados na superfície, outros são aplicados como uma tinta normal. Normalmente as superfícies pintadas possuem diversos poros. Então, a tinta da pixação invade camadas profundas, chegando até mesmo à parede propriamente dita. A tinta, ao secar, forma uma camada lisa, sem poros nos quais a pixação possa se fixar. Dessa forma, sua retirada é facilitada por completo.

Existem diversos tipos de acabamento, desde tintas acrílicas até materiais semelhantes à madeira. A ponte estaiada “Octávio Frias de Oliveira”, por exemplo, recebeu um revestimento deste material e, apesar de ter sido alvo de diversos ataques, continua com o visual limpo. A limpeza algumas vezes é realizada com o uso de solventes, como álcool ou derivados do petróleo, mas alguns materiais necessitam apenas de uma boa esfregada. Em primeiro lugar, não se deve permitir que as marcas permaneçam muito tempo a mostra, pois é isto que se busca: visibilidade. Então, a limpeza é importantíssima e, ao longo prazo, desestimula novas depredações. Outro ponto importante é nunca perder a esperança. Realmente é difícil manter uma fachada livre das sujidades, mas o prêmio que se recebe pelo trabalho é proporcional.

Sem problemas com os condôminos
Nunca é demais lembrar que é necessário debater com os condôminos para qualquer alteração, desde cor até arquitetura. Esta decisão não deve ser realizada em uma única consulta. O ideal é que se registre todo o processo para que se corra em conformidade com a Lei, tanto o Código Civil quanto a Convenção e Regimento Interno.

 
 
Fonte: Fonte: SindicoNews

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