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  Adequar condomínio às exigências da norma de acessibilidade, custa R$ 35 mil  
     
 

Não é só o elevador que pede atenção: as áreas comuns do prédio também devem ser acessíveis aos moradores que têm alguma deficiência.

No condomínio de Nilma Giacoia, 45, gerente predial da administradora Hubert, gastaram-se R$ 70 mil para adaptar as cinco torres à norma.

"Instalamos rampas e botoeiras [painéis] novas nos elevadores, banheiros adaptados, escada de emergência com piso tátil e placas em braile no final de cada corrimão da escada", lista Giacoia.

Um prédio comum gasta, em média, R$ 35 mil com essas reformas, segundo cálculos de Ricardo Martins da administradora Prop Starter.

Nem sempre é possível fazer tudo de uma vez, mas aos poucos já dá para implementar algumas das melhorias exigidas pela norma, como explica Rosely Schwartz, professora do curso de administração de condomínios da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).

"Se um cadeirante passa a ser morador do prédio, é importante discutir em assembléia o que é necessário ser feito para que ele tenha o maior grau possível de autonomia", resume.

Schwartz explica também que a despesa de qualquer reforma nas áreas comuns é rateada por todos os condôminos.

A adequação das áreas comuns não beneficia apenas as pessoas com alguma deficiência. "Ninguém está livre de quebrar uma perna e ficar em cadeira de rodas ou passar por uma situação de pós-operatório, quando movimentos ficam restritos", pondera Valter Caldana, professor da faculdade de arquitetura e urbanismo do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

Na prática

À primeira vista, não parece haver problemas com a entrada do prédio: a escada ao lado da rampa para chegar à portaria mostra que um cadeirante consegue, tranqüilamente, chegar ao patamar de cima.

O estudante William Trupel, 22, cadeirante, discorda. "Ela é inclinada demais. Sozinho, não consigo subir, e descer também é bastante arriscado. Por isso entro no prédio sempre pela garagem", reclama. (MD)

 
 
Fonte: Folha de S. Paulo

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